Com ausência de Nalini, juiz assessor recebe entidades
e se dispõe a agendar reunião para a próxima semana
Os servidores do Judiciário Paulista de diferentes comarcas e prédios da Grande São Paulo, Baixada Santista e Interior estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira, 15 de maio, em Assembleia Estadual. A mobilização mais uma vez foi realizada no palco das deliberações da categoria, a Praça João Mendes, na região central da Capital.
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Servidores do Judiciário Paulista reunidos em Assembleia Estadual na Capital
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Apesar dos representantes terem estado esta semana com o Tribunal de Justiça, nada de novidade em relação à pauta de reivindicações da categoria foi apresentado, permanecendo as respostas da Presidência inalteradas, sem evolução nas tratativas. A única informação foi sobre a aplicação do Adicional de Qualificação (AQ) para os inativos ainda neste mês (crédito em junho), de acordo com a ratificação do Órgão Especial à proposta do desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascareti.
A espera por um aceno positivo do desembargador Antônio Carlos Malheiros, que ficou de marcar um encontro com o presidente do TJ, desembargador José Renato Nalini, não veio, chegando às mãos dos dirigentes apenas um e-mail, encaminhado na manhã desta sexta, ressaltando que o Órgão esta "encetando esforços" para melhorar o pagamento da reposição das perdas e chegar ao percentual correto da inflação do ano, apurado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 7,68%, mas, devido à falta de dotação orçamentária, no momento é inviável.
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Representantes indignados com o posicionamento do TJ em relação à pauta reivindicatória da categoria
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Diante da indignação por conta do posicionamento do TJ em relação à pauta reivindicatória, que não cumpriu nem a data-base da categoria, uma proposta, já discutida anteriormente entre os dirigentes, foi colocada em votação e aprovada por unanimidade: ir ao Tribunal cobrar uma reunião com Nalini para que seja explicado aos representantes o real significado do "encetando esforços" descrito no e-mail enviado pela assessoria da Presidência.
Os servidores se dirigiram ao Palácio da Justiça, mas foi informado que Nalini estava em Minas Gerais. Cansados de sempre observar a existência de verbas e os privilégios para a magistratura em detrimento aos trabalhadores, os membros das entidades e alguns funcionários foram contundentes e permaneceram à entrada da Presidência.
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Os trabalhadores deliberaram ir ao Palácio da Justiça fazer pressão à entrada da Presidência
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Para evitar tumulto, o Tribunal solicitou que fosse formada uma comissão de entidades para, então, falar com Ricardo Felício Scaff, juiz assessor da Presidência. Do breve encontro participaram Alexandre dos Santos (Assojubs), José Gozze (Assetj), Elisabete Borgianni (AASPTJ), Carlos Alemão (Assojuris) e Marcos Leite Penteado (Apatej), onde foram expostos a importância da aprovação dos Projetos de Lei Complementar (PLCS) 6/2013 - criação de cargos de assistente social e psicólogo - e 56/2013 - requisito de nível superior para o ingresso no cargo de oficial de justiça e altera dispositivos na Lei Complementar nº 1.111/2010 - pela Assembleia Legislativa (Alesp) e o compromisso de Nalini diante da Casa das Leis para tais débitos.
Por conta da ausência do presidente, o juiz assessor ficou de despachar com ele na segunda-feira (18) e marcar uma reunião já para a próxima semana.
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Mobilizados na Praça João Mendes, os participantes em uma das votações propostas
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Ao retornarem para a Praça João Mendes, houve uma nova votação e os servidores aprovaram o seguinte: se até quinta-feira (21) o Tribunal não marcar a reunião com Nalini, os servidores estarão novamente às portas da Presidência para cobrar a tratativa e respostas por parte do TJ.