Ao meio-dia desta quinta-feira, 11 de dezembro, no saguão do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, Capital, a Assojubs participou de um ato em homenagem ao oficial de justiça Francisco Pereira Ladislau Neto, servidor do TRT da 1ª Região, assassinado durante o serviço no dia 11 de novembro em Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro.
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Ato no saguão do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, Capital
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Além da Assojubs, representada por sua secretária geral, Rosângela dos Santos, que é oficial de justiça da Seção Administrativa de Distribuição de Mandados (SADM) de Santos, servidores da função da região também estiveram presentes ao ato, além de membros de outras entidades como o Sintrajud.
Em 2014, até o momento, 48 oficiais de justiça foram mortos em condições violentas no Brasil. Entre as diversas explanações durante a homenagem, uma servidora comentou que faz tratamento psicoterápico devido à gangorra de emoções vividas no cumprimento de diligências, num mesmo dia.
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Homenagem ao oficial de justiça Francisco Pereira Ladislau Neto, do TRT da 1ª Região
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Mensagens de solidariedade e conforto foram enviadas à família e amigos do falecido. A secretária geral da Assojubs comentou que estava pela segunda vez numa homenagem a um oficial de justiça assassinado durante o trabalho: "Em 2009, na Praça João Mendes [região central de São Paulo], participei do ato pela morte de Sandra Regina Ferreira Smaniotto, assassinada com nove tiros no dia 23 de abril daquele ano, no cumprimento de mandado de busca e apreensão de uma motocicleta".
Rosângela dos Santos ressaltou que na Justiça Estadual a situação de risco se repete, com os oficiais "sendo filmados, ou fotografados, em locais onde há o tráfico de drogas". A dirigente efetuou a leitura de uma certidão em que um colega foi abordado por elementos ameaçadores com arma em punho, enquanto cumpria uma ordem judicial.
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Mensagens de solidariedade e conforto foram enviadas à família e amigos do servidor assassinado
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Lynira Rodrigues Sardinha, representante do Sintrajud, lembrou da adolescente paquistanesa Malala, premiada com o Nobel da Paz, cujo ensinamento prega o fim da cultura do silêncio e da passividade. O oficial de justiça deveria observar essa lição.
Ao final foi feito um minuto de silêncio e, na sequência, o grito de presença em nome do falecido e a soltura de balões brancos diante do prédio.