Cerca de 100 servidores, entre eles representantes da Assojubs, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 24 de julho, em frente a entrada lateral do Palácio da Justiça, na Capital, para mais um protesto pela revogação do novo horário de expediente forense, que passou a vigorar na sexta-feira (19).
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Representantes da Assojubs, Luiz Milito, e AASPTJ-SP, Elisabete Borgianni, presentes
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Esse foi o segundo ato da categoria demonstrando sua insatisfação por conta da Portaria Nº 8.782/2013, editada pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e publicada no dia 2 de julho. A primeira manifestação dos trabalhadores foi durante a reunião entre representantes e a Presidência do TJ, ocorrida também na sexta-feira (19).
Os dois atos tiveram participação de servidores de diferentes prédios e comarcas da Grande São Paulo e da Baixada Santista. A categoria entende que o novo horário, da forma como foi imposto, com o ano em curso, torna impraticável certas mudanças, acarretando em prejuízos e redução de direitos, principalmente em grandes centros, como é o caso da Capital e localidades próximas, devido à dificuldade com a mobilidade urbana em certos horários.
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Participaram servidores de diferentes prédios e comarcas da Grande São Paulo e Baixada Santista
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Muitos expuseram durante o protesto os problemas que já estão enfrentando com a repentina mudança do horário e com faixas e cartazes apresentaram ao Tribunal e aos passantes a indignação com a imposição. Além da Assojubs, a AASPTJ, Sintrajus, Sindjesp Caieiras-SP, Sindjesp Região Metropolitana SP, Sindjesp ABCDMRR e Comando da Base estiveram presente à manifestação em apoio à luta da categoria.
A participação da Assojubs, com Alexandre dos Santos (presidente), Luiz Milito (vice-presidente) e Silvio Realle (diretor de Tesouraria), igualmente em apoio à reivindicação, ressaltou que a economia alegada pelo TJ, algo em torno de R$ 150 milhões, dado revelado pelo presidente, desembargador Ivan Sartori, na reunião com as entidades, é algo que, na prática, não irá se concretizar, pois os prédios terão atendimento até as 19 horas, com luzes acesas, computadores ligados e elevadores em funcionamento.
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Alexandre dos Santos, presidente da associação, em apoio à reivindicação dos judiciários
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Além disso, apesar da imposição não causar transtornos a todos os servidores, a luta do trabalhador é coletiva, portanto, a causa é justa já que atinge o colega ao lado. Sartori, que inicialmente se mostrou irredutível, disse que daqui três meses irá avaliar a questão caso constate o decorrer de problemas pelo novo horário.
Um abaixo-assinado que pede a revogação da Portaria, com quase cinco mil nomes, foi entregue ao presidente. O documento continua circulando entre as comarcas e colhendo novas assinaturas. E os protestos irão prosseguir, o próximo ato está marcado para dia 31, próxima quarta-feira, às 17h30, em frente ao Fórum João Mendes, em São Paulo.