O terceiro ato pela revogação do horário de expediente forense, das 10 às 18 horas, aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira, 31 de julho, na Praça João Mendes, na Capital, buscando para o debate os servidores que deixavam o fórum, o maior da América Latina, já que a manifestação aconteceu no horário de saída dos trabalhadores.
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Buscando para o debate os servidores, ato aconteceu na Praça João Mendes, Capital
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Reunindo cerca de 150 judiciários de prédios e comarcas da Grande São Paulo e da Baixada Santista, o protesto foi novamente alvo da insatisfação da categoria por conta da Portaria Nº 8.782/2013, publicação de 2 de julho editada pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que passou a vigorar em 19 de julho.
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Protesto foi novamente alvo da insatisfação da categoria por conta da Portaria Nº 8.782/2013
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Organizado pelo Comando da Base e com apoio da Assojubs, AASPTJ-SP, Sintrajus, Sindjesp Caieiras-SP, Sindjesp Região Metropolitana SP e Sindjesp ABCDMRR, o ato reforçou a indignação dos servidores com a imposição do TJ, uma mudança repentina na rotina dos trabalhadores e sem tempo hábil para organização.
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Elisabete Borgianni e Maria Helena Correa, representantes da AASPTJ-SP presentes
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Outro ponto de grandes transtornos para os judiciários é em relação à mobilidade urbana, principalmente em grandes centros, como é o caso da Capital e localidades próximas, pois, com o novo horário, a saída se dá no período de maior movimentação do transporte público, atrasando em muito a chegada dos trabalhadores em casa. Como informado durante o ato, o trajeto de volta vem sendo feito de uma hora e meia a duas horas, o que antes era de 40 a 50 minutos.
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Luiz Milito, vice-presidente, e Michel Iorio, 1º secretário, dirigentes da Assojubs também participaram
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Os judiciários que fizeram uso da palavra citaram também a não progressão funcional de muitos trabalhadores por conta da chamada "falta médica" na Avaliação de Desempenho pelo Plano de Cargos e Carreiras (PCC). O Tribunal utilizou a tal "falta médica" como fator interruptivo para a concessão do benefício devido à interpretação do artigo 4º, do inciso III da Lei Complementar 1.041/2008, que dispõe sobre o vencimento, a remuneração ou salário do servidor que deixar de comparecer ao expediente em virtude de consulta ou sessão de tratamento de saúde.
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Manifestação teve cerca de 150 judiciários de prédios e comarcas da Grande São Paulo e Baixada Santista
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Ou seja, o trabalhador pode ser bem avaliado, mas se em dois anos tiver uma única "falta médica" não receberá o benefício. Então, tanto no caso da não progressão funcional quanto da mudança do horário, trata-se de redução de direitos e prejuízos para a categoria.
Além da caixa de som, os manifestantes expuseram o descontentamento por meio de faixas e cartazes, bem como boletim informativo sobre os temas e um apitaço para chamar atenção dos demais servidores, advogados e público em geral.
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Descontentamento exposto por meio de faixas e cartazes, bem como boletim informativo
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A Assojubs esteve presente com Alexandre dos Santos (presidente), Luiz Milito (vice-presidente), Rosângela dos Santos (secretária geral), Michel Iorio (1º secretário), Silvio Realle (diretor de Tesouraria) e a associada Gisele Alonso.