A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) vai analisar a conduta da desembargadora Yara Ramires da Silva de Castro, 63 anos, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, que se envolveu em uma discussão com policiais militares após ser parada em uma blitz na avenida Paulista, em São Paulo, na noite de quarta-feira.
A partir da instauração da averiguação preliminar, o CNJ passa a acompanhar o caso para avaliar se é necessária a instauração de algum procedimento de caráter disciplinar contra a desembargadora.
A filha dirigia o carro na volta de um show quando foi parada na blitz. Ela disse que, antes de averiguar se havia bebido, os policiais pediram para revistar o carro. Mãe e filha não permitiram, alegando não haver suspeita ou mandado judicial. Segundo os policiais, a advogada estava visivelmente embriagada e agressiva ao descer do veículo. Ela se negou a soprar o bafômetro. Os soldados relataram que a filha chamou a operação de "palhaçada" e que a mãe dizia ser "a maior desembargadora do País".
Após a discussão, as duas foram encaminhadas à Corregedoria da PM para prestar depoimento e foram autuadas por desacato. De lá foram encaminhadas ao 78º Distrito Policial.
A filha da magistrada, de acordo com os policiais, na tentativa de recuperar o documento, tentou agredir a policial, mas acabou atingindo o 3º sargento Edmilson, que se posicionou na frente da soldado. Os policiais afirmaram que as duas passageiras que estavam no banco traseiro, ao testemunharam o incidente, deram razão aos policiais. "Eles estão realizando o serviço deles, foram educados. Parem vocês com essa palhaçada", disse uma delas.
Segundo o CNJ, em casos tornados públicos, a instauração da apuração preliminar pode ser tomada por iniciativa da própria Corregedoria, sem que haja a necessidade de provocação. A partir da instauração do procedimento, a magistrada terá a oportunidade de apresentar a sua versão sobre os fatos noticiados
Do Terra Notícias