Clique aqui para ler a explanação de Riberto Cacheiro na coluna Do Leitor do dia 26 de abril
Abaixo, a íntegra do texto encaminhado pelo associado ao jornal
A nova movimentação grevista dos servidores públicos do Poder Judiciário já tem data marcada - 28 de Abril. Não obstante as tentativas de negociação entabuladas com o comando do maior tribunal desse país ao longo dos dois últimos anos, a irresponsabilidade patronal continua a predominar. Demonstrando absoluta ausência de interesse pelos problemas de seus próprios funcionários, insensibilidade para com as com as demandas insaciadas da sociedade civil paulista e o mais espantoso desprezo ao próprio texto constitucional, o poderoso Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo satifaz-se ao reiterar explicações meramente políticas na vã tentativa de justificar seu contínuo desrespeito a regras trabalhistas pacificadas há anos pelas leis deste mesmo país.
É preciso compreender-se que explicações políticas são para os políticos, jamais para juízes.
Instituições teóricamente interessadas na querela fingem que o tema não lhes pertine. O Ministério Público carece ser formalmente provocado, a OAB apita somente quando lhe doem os bolsos e a Magistratura vai muito, muito bem, obrigado. Enquanto isso, aqueles 45.000 serventários sem os quais os trabalhos de todos esses não passariam de simples literatura continuam a carregar a sós o peso do bonde, eternos credores do próprio patrão. É preciso que a sociedade paulista esteja atenta e informada. Haverá apenas um único responsável em caso de nova greve na justiça, com os prejuízos já conhecidos por todos - e esse culpado não terá sido qualquer um de seus funcionários. A esse, a historia certamente reservará o merecido banco dos réus.
Belo exemplo, partindo de um tribunal.
Riberto Cacheiro