A ASSOJUBS recebeu um comunicado do Sindjustiça-RJ, informando sobre a greve da categoria irmã no estado do Rio de Janeiro.
A ASSOJUBS se solidariza com os companheiros cariocas e apóia o movimento de luta pelos direitos da categoria dos servidores do Judiciário, que assim como em nosso Estado, são anualmente desrespeitados, impondo aos judiciários uma ofensiva política de arrocho salarial e mantendo, de modo geral, condições de trabalho precárias e inseguras.
Basta de desmandos e desrespeitos das autoridades do executivo e do Judiciário. Todo apoio aos companheiros cariocas, servidores do judiciário. Até a vitória, sempre!"
Companheiros da ASSOJUBS
Santos, 26 de setembro de 2008
CATEGORIA DECIDE: GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Diante da intransigência do Governo e da Alerj em não votar o reajuste salarial, os serventuários, reunidos em assembléia no dia 24, decidem manter a paralisação por tempo indeterminado. Agora, é greve até a vitória!
Por inteira responsabilidade do governador Sérgio Cabral Filho e da sua base parlamentar — que seguem impedindo a votação do projeto de lei de reajuste salarial dos serventuários na Alerj —, a categoria decidiu continuar a greve iniciada no último dia 23, agora por tempo indeterminado. Esta é a nossa resposta à postura intransigente do Governo, que tenta empurrar goela abaixo a sua política de arrocho salarial ao funcionalismo.
A adesão à paralisação nesta quarta-feira mostrou-se forte, atingindo diversas Comarcas e o Fórum Central. Mostrou também que os serventuários estão dispostos a lutar muito para aprovar o reajuste tal qual foi enviado à Alerj — 7,3% retroativos a maio (data-base). "O movimento pode ser comparado à vida de uma pessoa. Na semana passada ele estava na infância. Nesta, ele cresceu e entrou na adolescência. A partir de agora, começa a sua fase adulta", declarou Wallace Jaña, diretor de Organização Política do Sind-Justiça.
Sem medo de lutar
A continuidade da greve vai requerer que cada um se transforme em um verdadeiro soldado nessa "guerra" pelo aumento dos contracheques. Essa firmeza será determinante para alcançarmos a vitória. Para tanto, não podemos nos intimidar diante de ameaças de retaliações, principalmente as que vierem da Administração do TJRJ. Lembre-se: a greve é um direito constitucional e é justa, tanto como o direito a um reajuste anual, também previsto em lei.
Vamos todos juntos enfrentar os Poderes e os nossos algozes. "Somos muitos e com a nossa paralisação faremos que os que hoje nos desafiam sofram um derrota para ficar marcada na História. E que, depois disso, nunca mais ousem tratar o servidor como se este fosse um ser desprezível. Todos à greve, todos à vitória!", conclama Amarildo Silva, presidente do Sindicato.
Reunião com presidente do TJ não dá em nada
Diante de uma comissão de serventuários — composta por sindicalistas e ativistas de base —, o presidente do Tribunal, desembargador Murta Ribeiro, declarou que decidiu tomar "medidas radicais" contra o Executivo. Mas, contraditoriamente, o magistrado disse ser contra a greve.
E mais: ameaçou de diversas formas o movimento, desde o corte de ponto até a apreensão do carro-de-som, tentando, assim, intimidar a categoria e determinar como seria a condução da paralisação. Lamentavelmente, o nº 1 do Judiciário faz o jogo de quem sabota a sua autonomia...
Deliberações da assembléia:
» Manutenção da greve por tempo indeterminado até a votação do PL 1.666/08;
» Assembléia de avaliação da greve no dia 29 (segunda-feira), às 17h, em frente ao Fórum Central, com a presença de todas as Comarcas;
» Reunião diária do Comando de Greve, sempre no final do dia;
» Participar da passeata unificada do funcionalismo estadual até o Palácio Guanabara no dia 2 de outubro;
» Jurídico do Sindicato preparado para combater retaliações aos grevistas,
» Abaixo-assinado contra o desvio de função.
Assembléia geral dia 29 (segunda-feira), às 17h, em frente ao Fórum Central.