Teve início nesta quarta-feira, 28 de abril, com Assembleia Geral na Praça João Mendes, em São Paulo, a greve geral dos judiciários, que contou com a participação de mais de cinco mil servidores representando diferentes comarcas do Litoral e Interior e inúmeros prédios da Capital, comprovando que o movimento pela Campanha Salarial cresce a cada dia.

Antecedendo a Assembleia, e percebendo a intensa mobilização da categoria, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Carlos Viana Santos, chamou às pressas os dirigentes das entidades dos servidores para uma reunião no Palácio da Justiça.

Em um encontro que durou pouco mais de uma hora, o magistrado nada apresentou em relação à reposição salarial da categoria, hoje em 20,16%. Na verdade, Viana Santos fez somente promessas: uma delas diz respeito ao Plano de Cargos e Carreiras, que, segundo ele entrará na ordem do dia na Assembleia Legislativa para votação em 4 de maio.

Numa outra proposta, o presidente do TJ se comprometeu a encaminhar um Projeto de Lei apresentando uma reposição salarial de 4,17% no mês de junho para ser votado pela Assembleia.

Colocadas aos servidores presentes na Praça João Mendes, as duas propostas de Viana Santos foram rejeitadas, deliberando-se, então, pela continuidade da greve.

Para o presidente da Assojubs, Hugo Coviello, que faz parte do grupo de negociação, “o resultado da reunião foi negativo, mas foi um exemplo da força que o movimento vem mostrando frente ao TJ, pois em menos de 24 horas os dirigentes foram chamados duas vezes na tentativa de evitar a greve dos servidores”.

Entre outras propostas apresentadas durante o ato na Capital, foram aprovadas, além da continuidade da greve por tempo indeterminado, a ida à Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, 4 de maio, às 14 horas, para o acompanhamento da votação do Projeto de Lei Complementar 43/2005 – que versa sobre o PCC dos servidores – e a realização de uma nova Assembleia Estadual na quarta-feira, 5 de maio, também na Praça João Mendes.

Ao final da Assembleia os cinco mil servidores presentes fizeram uma passeata até a frente do Palácio da Justiça.

Baixada Santista e Litoral Sul presentes na luta
Em uma nova demonstração de disposição de luta os servidores da Baixada Santista e Litoral Sul participaram da Assembleia, somando 400 servidores.

Em Santos e São Vicente, antes da partida dos servidores para a Capital, foram realizados atos públicos em frente aos fóruns das comarcas, com grupos de convencimentos visando o crescimento e fortalecimento do movimento, bem como forma de protesto para mostrar à população em que situação se encontra o judiciário paulista.