27/07/10

91 dias de greve
Assembleia Conjunta aprova o indicativo de continuidade do movimento

No dia em que o movimento paredista se igualou à paralisação ocorrida em 2004 (91 dias), os representantes de prédios e comarcas da Baixada Santista, Capital e Grande São Paulo, reunidos em Assembleia Conjunta, se posicionaram favoráveis à manutenção da greve.

A Assembleia, realizada na tarde desta terça, 27 de julho, na Cantina da Assojubs, em Santos, com a participação de mais de 200 judiciários, aprovou por unanimidade o indicativo de continuidade do movimento que será levado para a Assembleia Estadual desta quarta (28) de julho.


Da Baixada Santista, estiveram presentes judiciários de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Peruíbe. Da Grande São Paulo, compareceram servidores de Carapicuíba, São Bernardo do Campo, Mauá, Francisco Morato, Osasco e Guarulhos. Pelos prédios da Capital, colegas do Complexo Criminal da Barra Funda, Complexo do Ipiranga, Execuções Fiscais, Hely Lopes, Itaquera, João Mendes, Lapa, Palácio da Justiça, Pinheiros, São Miguel e Vergueiro.

Também participaram da Assembleia as representantes da Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (AASPTJ-SP) Elizabete Borgiani, presidente, e Catarina Volic, integrante do Conselho Fiscal.

Presentes ainda Adilson Rodrigues, diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud), Flávio Antônio Rodrigues Saraiva e Sérgio Miguel dos Santos Alcântara, respectivamente presidente e vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv).

Todas as participações foram fundamentais no sentido de fortalecimento da unidade na luta diária pelo movimento.


Busca por apoio parlamentar na região
Em um dos informes, foi divulgado aos servidores o agendamento para a próxima segunda-feira, 02 de agosto, de uma reunião com o deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), por meio de sua assessoria parlamentar, para esclarecimentos sobre a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no intuito de apurar denúncias de irregularidades e mau uso das verbas de pessoal pelo Tribunal de Justiça e o pedido de que ele também assine o requerimento. Uma comitiva de representantes da categoria será formada para o encontro.

Palavras de incentivo
Em sua fala, o presidente da Assojubs, Alexandre dos Santos, mais uma vez transmitiu aos servidores palavras de incentivo, tentando acalmar os que pensam em desistir ou estão desestimulados: “Não sou herói, pois tenho problemas como todos, mas o que me faz resistir ao desânimo é ter a convicção de que estamos no caminho certo. Por isso, repito, temos que seguir na luta!”

Propostas aprovadas
Além do indicativo de continuidade da greve, a Assembleia Conjunta teve as seguintes propostas aprovadas e que serão encaminhadas à reunião do Comando de Representantes de Base que acontece nesta quarta, às 09 horas, na Praça Alameda Júnior, 86, no espaço da Liga Italiana:

- realização da próxima Assembleia Estadual, em 04 de agosto, na Assembleia Legislativa, antecedendo a Audiência Pública que acontecerá às 15 horas na Casa para tratar da questão do movimento grevista dos servidores do judiciário;

- paralisação total no 100º dia de greve (05), com manifestação da categoria na Praça João Mendes, vigília e protesto em forma de encenação;

- protesto em frente ao prédio que se localiza o gabinete do desembargador Fábio Gouveia, integrante da Comissão de Orçamento e Finanças do TJ;

- realização da próxima Assembleia Regional em Santos, na terça (03), que pode ser novamente conjunta – Baixada Santista e Capital;

- buscar apoio junto aos deputados para propaganda em defesa dos servidores;

- buscar apoio junto à Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no intuito de fazer denúncias ao órgão sobre a situação do judiciário paulista e fazer a divulgação na mídia sobre tal;

- fazer etiquetas para colar sobre as propagandas dos deputados estaduais que ainda não assinaram o CPI do Judiciário;

- priorizar nas negociações com o TJ o não desconto dos dias parados;

- não se cogitar índices mínimos durante a negociação com o TJ e apresentar, qualquer que seja a proposta, para a categoria na Praça João Mendes.