Esta quarta-feira, 26 de agosto, foi de assembleias locais nas comarcas da Baixada Santista, uma deliberação da Assembleia Geral Estadual realizada no início do mês, em São Paulo.

Os servidores estiveram reunidos em frente aos fóruns no intuito de ampliar a adesão ao movimento, a participação em uma nova Assembleia Estadual, que será realizada na próxima quarta-feira, 02 de setembro, e a paralisação das atividades por aqueles que permanecerem em suas comarcas.

Praia Grande - Sob a coordenação da Assojubs, representada por seu presidente, Hugo Coviello, pelo delegado regional na Comarca, Márcio Fernando de Oliveira, e representantes locais, houve assembleia em Praia Grande às 11h30 da manhã. Cerca de 50 servidores participaram da assembléia mostrando indignação contra o tratamento dispensado à categoria pelo presidente do Tribunal de Justiça, Roberto Antônio Vallim Bellocchi.

Em meio aos esclarecimentos, Coviello reforçou aos companheiros que este é o momento de reagir e mostrar a força da categoria, demonstrada anteriormente em movimentos históricos como os de 2001 e 2004.

“Se não lutarmos hoje, vamos amargar dois, três anos difíceis, pois o Serra [José Serra, governador] já determinou que não haverá reajuste para o funcionalismo em 2010. Não é possível que o servidor público, que trabalha com dignidade e honestidade, não reaja! Portanto, a hora é agora!”, enfatizou o presidente da Assojubs.

São Vicente – Atendendo ao chamado do diretor de Atividades Sociais, Culturais e Educacionais da Assojubs, Eduardo Requejo, os servidores de São Vicente também realizaram, às 14 horas, uma assembleia local em frente ao Fórum Central.

Na Comarca, os judiciários propuseram que no dia da Assembleia Estadual seja organizada uma doação coletiva de sangue. Dessa forma, os servidores aderem à paralisação ao mesmo tempo em que promovem uma ação solidária.

Santos – Com início às 14 horas, a assembleia em Santos reuniu na escadaria do Fórum Central servidores, a Diretoria da Assojubs, colaboradores como Mário Sérgio Soares e Sérgio Crochemore, integrantes do Núcleo de Oficiais de Justiça da associação, e o companheiro Adilson Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sintrajud).

Solidário à luta da categoria, Adilson, servidor federal, esteve presente à assembleia em um gesto de apoio à Campanha Salarial dos judiciários estaduais e no intuito de dar o exemplo de como é possível avançar no movimento e chegar aos resultados positivos. Para ver atendidas as reivindicações, é necessário trabalhar em unidade, pois só se evolui para as conquistas com apoio e união.

“A única forma de reverter essa situação de indiferença imposta pelo Tribunal de Justiça é com luta, cumprindo as determinações aprovadas em assembleia. Organização, esse é o caminho!”, ressaltou Mário Soares.

A conscientização de que não se constrói nada sozinho também foi o tema da explanação de Sérgio Crochemore: “A decisão de aderir ou não à greve é individual, mas a luta é coletiva, e é aqui, participando das assembleias, que podemos mudar esse quadro em que a categoria atualmente está inserida”.

O presidente da Assojubs proferiu um discurso contundente conclamando os companheiros para a luta e explicando as conquistas obtidas no último movimento da categoria em 2004, demonstrando que os ganhos e as vitórias foram muito maiores que as perdas ou os castigos que o TJ quis impor.

Coviello afirmou ainda que todos devem trabalhar por um forte movimento no dia 2 e que aqueles que “furarem” a organização da paralisação devem ser considerados como “traidores da categoria”.

Cubatão – Às 15 horas, em Cubatão, devido ao trabalho desenvolvido pela delegada regional da Assojubs na Comarca, Rita Moura, os servidores concentraram-se na entrada do fórum e ouviram atentamente os informes passados por Hugo Coviello, que se deslocou até a cidade após o término do ato em Santos.

Além de Hugo, estiveram presentes Maria Kill Damy Castro, secretária geral da associação, e Mario Soares. Aos judiciários de Cubatão, Coviello falou sobre as regalias concedidas pelo TJ à magistratura em detrimento às questões dos funcionários, lembrando que os servidores trabalham às vezes nove, dez horas sem ganho extra, enquanto os juízes sequer precisam bater ponto e ainda são liberados por lei para lecionarem, inclusive, em escolas e faculdades particulares.

“É uma classe que vem sendo priorizada e recebendo benefícios há muito tempo. Agora, para completar, cada juiz e desembargador recebeu um livro, edição luxuosa, com capa de couro, sobre a história do Judiciário Paulista, cuja verba para a confecção da ‘obra’ deve ter saído do Fundo Especial. Para isso há dinheiro, mas para pagar nossa reposição, não. É couro no livro e couro para cima da gente, que só recebe sobrecarga de serviço”, disse o presidente da associação.

Coviello relembrou aos servidores as melhorias proporcionadas pelos últimos movimentos realizados pela categoria: “Devido à greve de 2004 recebemos uma reposição de 22% após sete anos de defasagem salarial, houve a troca das antigas máquinas de escrever por computadores e a extensão do creche-escola para os judiciários do litoral”.

Encerrando a assembleia, Coviello fez a convocação para a Assembleia Estadual e orientou aos demais servidores, aqueles que permanecerão na Comarca, para que nesse dia efetuem piquetes e convençam os colegas a paralisarem: “Incrivelmente na Casa da Justiça não se faz justiça com seus funcionários. E nossa mobilização é único meio que dispomos. Vamos à luta, pessoal!”

Mongaguá – Através da delegada regional da Assojubs em Mongaguá, Fátima Moreira, os servidores da Comarca também realizaram uma assembleia local, às 11 horas, visando esclarecer aos judiciários sobre o andamento da Campanha Salarial.

A servidora reuniu os colegas em frente ao fórum para passar os informes do movimento e chamar a categoria a participar da Assembleia Estadual na próxima quarta-feira, em São Paulo.

São Paulo e Guarulhos - Assim como na Baixada Santista, igualmente na Capital e em Guarulhos foram realizadas assembleias locais, em mais uma oportunidade de discutir os desdobramentos da Campanha Salarial.

Com o apoio da Assojubs, nas presenças dos delegados regionais da associação em São Paulo, Luiz Milito e Gilberto de Oliveira Rodrigues, os servidores da Capital – fóruns João Mendes, Ely Lopes Meireles, Execuções Fiscais, Jabaquara, Santana e Palácio da Justiça, entre outros – reuniram-se, às 14 horas, na Praça João Mendes.

Em Guarulhos, por intermédio do servidor Inaldo Martins, representante do prédio, o qual após votação unânime foi confirmado como delegado regional da Assojubs na Comarca, a assembleia local ocorreu a partir das 11h30, agrupando cerca de 130 judiciários à entrada do fórum.

Inicialmente foram passados informes gerais sobre a Campanha, sendo, na sequência, discutida novas propostas para serem inseridas na luta e avaliações acerca das ações realizadas até o momento.

Entre os pontos apresentados pelos servidores da Comarca, propostas como medidas jurídicas (ações coletivas) pelas entidades para obrigar o TJ a cumprir as leis (artigo 37 X da Constituição Federal, que versa sobre a reposição da inflação, e a data-base da categoria), rediscussão do Plano de Cargos e Carreiras, pressão mais intensa no Legislativo para aprovação do PCC e a formação de uma comissão para estar presente na próxima terça-feira, 01 de setembro, na Audiência Pública sobre o Orçamento 2010, as quais foram aprovadas pela maioria dos presente.

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