26/02/10

TJ-SP: a enrolação continua

No dia 23 de fevereiro, Álvaro Passos, o juiz assessor da Presidência do Tribunal de Justiça, informou, através de telefonema a José Gozze, presidente da Assetj – e indicado pelo conjunto das entidades como interlocutor junto a Álvaro Passos –, que não há nenhuma resposta imediata sobre propostas, negociação ou reunião por parte do Órgão com os representantes da categoria.

Passos limitou-se a afirmar que o presidente do TJ está fazendo gestões junto a parlamentares do PSDB e do DEM, partidos majoritários da base aliada de José Serra na Assembleia Legislativa – que inclui ainda o PTB, PP, PV, PSB, PDT E PPS – para que haja um convencimento desses partidos e do governador.

Em relação ao inicio das negociações sobre a data-base com os representantes da categoria, o juiz assessor limitou-se a dizer que a Comissão Salarial da gestão Antônio Vallim Bellocchi deverá ser reconduzida ao cargo em publicação no Diário Oficial que deveria ser publicada até o dia de hoje (26/02).

Para o representante do TJ, somente após a publicação será possível agendar uma reunião para discutir a data-base.

Desrespeito e descaso
Para o presidente da Assojubs, Hugo Coviello, a resposta telefônica do juiz assessor é mais uma demonstração da forma desrespeitosa com que o TJ trata seus servidores em relação às questões salariais e de condições de trabalho.

“Na véspera da data-base o TJ não tem proposta para os salários dos servidores, não tem ainda os nomes de seus prepostos que farão a negociação, não sabe quando vai fazer a reunião, ou seja, não há nenhum esforço, nenhuma vontade política de resolver a situação e sequer de discutir a situação. Isso é o mesmo que querer enrolar a categoria, querem nos fazer de bobos e só a mobilização e a luta poderão mostrar ao TJ do que somos capazes, do quanto eles nos devem respeito, afinal, quem carrega nas costas o trabalho da justiça somos nós”, explanou o presidente da Assojubs.

Coviello não vê alternativas além da paralisação dos trabalhos: “É importante que aqueles servidores que ainda têm esperanças na bondade desses mandatários entendam de uma vez por todas que eles só pensam nos vencimentos deles, nos benefícios deles e que sem luta ficaremos mais um ano sem nada ou com qualquer merreca (sic) e isso não podemos aceitar. Se não pagarem o que nos devem, temos que parar o trabalho.Nosso trabalho tem um valor, se não pagam o que vale, não trabalhamos. Vamos deixar todo o serviço para os juízes e desembargadores que estão recebendo excelentes vencimentos e têm seus direitos atendidos”.