25/06/10

Servidores do Judiciário Paulista e Federal
realizam ato conjunto em Santos

Reunidos na escadaria do Fórum Central de Santos, os servidores do Judiciário Paulista, em greve há quase dois meses, e os trabalhadores da Justiça Federal, paralisados há 50 dias, realizaram um ato conjunto nesta quinta-feira, 24 de junho.

Em apoio às reivindicações das categorias, estiveram presentes ao ato o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), através de seu diretor de Patrimônio, Wagner José de Souza Gatto, e da secretária geral, Teresa Cristina Borges de Campos, e o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, representado por Maria Aparecida dos Santos Ortiz, diretora regional da Baixada Santista.

“Independente do resultado, esse já é um movimento vitorioso devido à coragem da categoria em enfrentar o autoritarismo retrógrado da magistratura. Estamos aqui para saudar o movimento e expressar solidariedade e total apoio”, afirmou Saraiva.


Tendo a mesma origem – desrespeito à data base, congelamento salarial e indiferença das administrações dos tribunais –, as categorias, em mais uma demonstração de união e força, organizaram o protesto visando chamar atenção da população e dos colegas que ainda não se conscientizaram da importância da luta, sendo que só com a mobilização poderão ver seus direitos respeitados.

Para Adilson Rodirgues, diretor de base do Sintrajud, “o que antes vinha sendo rasgado, hoje está sepultado, pois o Judiciário não cumpre a Constituição, que assegura o direito da revisão salarial”.


Em resposta à crítica feita por Luiz Antônio Marrey, secretário da Casa Civil, que deu uma conotação político partidária para a greve do judiciário paulista, Hugo Coviello, secretário geral da Assojubs, ressaltou: “Não é nossa categoria que faz política partidária, não somos nós que fazemos parte de um partido que há 16 anos comando o Governo do Estado”.

Até o momento, o Tribunal de Justiça nada apresentou como contraproposta à categoria, condicionando uma possível – mas não concreta – reabertura de negociação ao encerramento da greve. Por conta desse impasse, o presidente da Assojubs entende que deve-se persistir na luta. “Nada foi oferecido aos servidores, portanto, estamos em um caminho sem volta. Só com a mobilização vamos conquistar algo”, declarou.


“Arrastão” no Guarujá
Pela manhã, um grupo de servidores, atendendo à deliberação da Assembleia Regional realizada na terça-feira (22), se dirigiu até a Comarca de Guarujá no intuito de fazer o chamado “arrastão” no prédio.

Os servidores estiveram nos cartórios passando informes sobre a paralisação e visando conscientizar os colegas da importância da adesão em massa para o avanço do movimento, visando a vitória.