Cerca de 200 funcionários fizeram a manifestação para pressionar a direção do Tribunal de Justiça ao mesmo tempo em que se reuniam no Palácio os dirigentes das entidades dos servidores e dois representantes da base na tentativa de mais uma "negociação".

O ato de protesto, organizado pelo Comando da Base em conjunto com a Assojubs, contou com a participação de judiciários de diversos prédios e comarcas da Capital - Vila Prudente, João Mendes, Jabaquara, Hely Lopes Meirelles, Execução Fiscal, Palácio da Justiça, Complexo do Ipiranga, Lapa, Barra Funda, Brás, Conselheiros Furtado, Conde de Sarzedas, Ex- 1º Tac e Itaquera -, da Baixada Santista e do Interior - Santos, Cubatão, Praia Grande, São Vicente, Guarujá, Registro, São José dos Campos, Sorocaba, Assis, Osasco, Carapicuíba, Itapevi, Francisco Morato, Campinas, Ourinhos e Jacupiranga - e cidades do Vale do Ribeira, entre outras, e aposentados.

No ato, também marcaram presença representantes da Aasptjsp, Sintrajus (Baixada e Vale do Ribeira), Sindjesp/Campinas, Afoel (Ourinhos e Chavantes) e Aojesp. Esteve presente ainda o Deputado Estadual Carlos Giannazi. Entre as várias colocações dos presentes muitas denúncias aos desmandos do TJ, análises e perspectivas sobre o momento atual. Palavras de ordem eram ditas em conjunto com apitos, cornetas e faixas, numa forte manifestação enquanto aguardava-se o retorno dos dirigentes do Palácio.

Ao retornarem da reunião os representantes da Assojubs, Comando da Base e Aasptjsp deram os informes e fizeram avaliações sobre como se deu a "negociação". Como todos já sabem, as únicas propostas concretas foram: o índice de 6,43% a partir de junho sem retroatividade, feito pessoalmente pelo próprio presidente, o desembargador José Roberto Bedran (já publicado no Diário Oficial pelo TJ), e a contratação de 200 oficiais de justiça que passaram no último concurso (2009).

Quanto à compensação dos dias da greve de 2010, que deverá ser feita através de mutirão, ficou estabelecido que as entidades apresentarão um projeto de readequação ao TJ/SP até o próximo dia 6 de junho. Os estenotipistas deverão receber no próximo pagamento os 4,77% retroativos a dezembro de 2010, bem como os 6,43% agora concedidos. Ainda foi dito por um dos juízes assessores que tão logo seja sancionado o Projeto de Lei Complementar nº 49/2010, aprovado pela Assembléia Legislativa no último dia 10 de maio, o mesmo deverá ser implantado.

Ficou estabelecida uma próxima reunião para o dia 17 de junho, oportunidade que serão entregues pelas entidades ao TJ os nomes que irão compor as comissões que discutirão com o Órgão o orçamento, as questões salariais e o Plano de Cargos e Carreiras. O desembargador William Campos lembrou ainda que: "há um acordo judicial em vigor, o dissídio coletivo, e ele será cumprido". Porém, o mesmo afirmou que o TJ não reconhece os representantes eleitos pela base em Assembleia Geral do dia 06/04, realizada na Pça. João Mendes.

Na avaliação predominante dos funcionários presentes ao ato, de um modo geral, continua o descaso e desrespeito da direção do TJ com relação aos direitos e demandas dos judiciários. (veja mais aqui no site da Assojubs).

Diante disso, foi definida, por ampla maioria, como proposta indicativa, a realização de uma Assembleia Geral para o dia da reunião, 17 de junho, sexta- feira, às 13h, em frente ao Palácio, para deliberação coletiva da categoria sobre as propostas do TJ e continuidade da Campanha Salarial. Entre várias questões temos que manter a discussão da nossa pauta de reivindicações.

Texto enviado pelo Comando da Base