A quarta-feira, 23 de março, foi de novas reuniões locais na Baixada Santista. Pela manhã, a Diretoria da Assojubs esteve reunida com servidores da Comarca da Praia Grande, em frente ao Fórum da localidade. Já no período vespertino, o encontro foi com funcionários da Comarca de Santos num lugar habitual da categoria e palco das diversas manifestações do Judiciário, a escadaria do prédio Central.

Pela manhã, reunião com servidores da Praia Grande
Às 11 horas houve a Reunião Local em Praia Grande, em cumprimento ao cronograma estabelecido no III Encontro Estadual dos Servidores, ocorrido em Santos no mês de fevereiro. Novamente o intuito foi aprofundar a discussão da pré-pauta reivindicatória e propor ações de intensificação da mobilização.

Inicialmente, foram passados, para conhecimento dos servidores, informes acerca do andamento das atividades pela Campanha Salarial, notícias que envolvem o Tribunal de Justiça e o trabalho desenvolvido pela Assojubs junto com as demais entidades representativas.

O presidente da Assojubs, Alexandre dos Santos, que esteve na Comarca acompanhado de Silvio Realle, diretor Financeiro, falou aos presentes sobre o encontro com o desembargador Antônio Carlos Malheiros, no último dia 11, que tratou da necessidade de instalações climatizadas nos fóruns, precisamente nos prédios de Praia Grande, Santos e São Sebastião. Com a ausência de aparelhos de ar condicionado os funcionários sofrem com as altas temperaturas registradas nos primeiros meses do ano, período de verão.

No caso de Praia Grande, a Diretoria da Assojubs irá agendar uma reunião com o juiz diretor do Fórum para tratar do assunto e solicitar a documentação a respeito dos problemas ocasionados devido ao calor e entregar a Malheiros. Vale lembrar que o desembargador vem colaborando com essas questões relativas às condições de trabalho nos prédios e buscando, na medida do possível, uma solução.

Além dos informes, algumas dúvidas dos servidores foram esclarecidas por Santos e Realle, que ressaltaram que os itens acordados no dissídio para o fim da paralisação de 127 dias dos judiciários e a reposição salarial da categoria são pontos primordiais na negociação com o Tribunal, cuja reunião já foi novamente solicitada pelo conjunto das entidades com o, agora empossado presidente do Órgão, desembargador José Roberto Bedran.

Como proposta, um dos servidores indicou a redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários, um dos pontos já inseridos na pauta reivindicatória, e a reiteração da sugestão vinda de Cubatão: realizar um dia de paralisação quando acontecer a Assembleia Estadual da categoria, que já tem o indicativo de 06 de abril, na Capital.

Encontro com trabalhadores de Santos no período vespertino
No período da tarde, logo após as 14 horas, foi a vez da Reunião Local com os servidores da Comarca de Santos. A escadaria do Fórum Central serviu novamente de concentração para o encontro da Diretoria e a categoria.

Como na passagem pelas comarcas de Cubatão e Praia Grande, Alexandre dos Santos e Silvio Realle deixaram os judiciários inteirados das ações promovidas pelas entidades representativas pela Campanha Salarial 2011 e a respeito da "dança das cadeiras" no TJ, com as mudanças no comando das comissões de assuntos pertinentes aos funcionários, algumas já efetuadas e outras no aguardo de seus desfechos, e o contato breve com Bedran no dia de sua posse, em 03 de março, que em resposta aos questionamentos dos dirigentes disse que iria se esforçar para "obter o que é de direito dos servidores".

Santos aproveitou a oportunidade para explicar aos presentes sobre o mutirão como forma de compensação da greve. Ele ressaltou que, inicialmente, o Conselho Nacional de Justiça em uma decisão individual negou o Pedido de Providências protocolado pelas entidades, sendo, posteriormente também negado, em decisão unânime, pelo Órgão Pleno, deferindo sentença favorável ao entendimento do TJ, que determinou aos servidores que optarem por estar forma o pagamento hora a hora em face do movimento de 2010. O presidente da Assojubs reforçou que ainda assim essa questão está inserida na discussão da pauta com o Tribunal.

Nas diferentes falas durante a tarde, os colegas reforçaram a necessidade de seguir com a mobilização e o trabalho de conscientização da categoria, principalmente com os que não aderiram à paralisação do ano passado.

Foi reforçado que tanto o pagamento do índice de 4,77% quanto a revisão do auxílio transporte foram conquistas da greve, mas é válido lembrar que a defasagem salarial devida, em sua totalidade, está longe de ser quitada. Portanto, a luta deve ser contínua, pois, como comprovado em 2010, para fazer valer seus direitos somente através da mobilização, união e força.

Os servidores de Santos também reiteraram a proposta dos colegas de Cubatão, que visa realizar um dia de paralisação quando da data da Assembleia Estadual da categoria, prevista para 06 de abril.