21/06/10

Gianazzi manifesta indignação às atitudes do TJ
e propõe CPI do Judiciário

O deputado Carlos Gianazzi (PSOL), durante um pronunciamento na Assembleia Legislativa na semana passada, manifestou perplexidade e indignação pelo posicionamento da magistratura ante o movimento grevista dos servidores do judiciário, que reivindica reposição salarial de 20,16%, e pela falta de negociação da Presidência do Tribunal de Justiça.

Para o deputado, é um absurdo e péssimo exemplo o “TJ não respeitar a legislação e desrespeitar direitos básicos da cidadania como não cumprir a data-base salarial, uma lei do Estado, e não atender a Constituição Federal na questão do reajuste, uma obrigação do Poder Público”.

Gianazzi propôs a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar onde está sendo gasto o dinheiro que o Tribunal de Justiça recebe anualmente para a folha de pagamento. O deputado pediu apoio dos demais parlamentares e informou que está levando ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) denúncias referentes a benefícios usufruídos pela magistratura, além da má administração do orçamento do TJ.

O parlamentar avaliou improcedente a fala do chefe da Casa Civil, Antônio Marrey, que julgou a greve como política e partidária, e afirmou que o movimento dos servidores “traz justas reivindicações”, mencionando, inclusive, a nota pública de apoio divulgada pela Associação Juízes Para Democracia.

Gianazzi foi figura marcante durante a ocupação do João Mendes pelos servidores, ocorrida nos dias 09, 10 e 11 de junho, pois esteve pessoalmente dentro do fórum e foi uma das pontes na negociação com a cúpula do TJ visando a liberação de alimentos, água potável e remédios aos judiciários que se encontravam no interior do prédio, ordem negada pelo presidente do Órgão, desembargado Viana Santos, que para fazer cumprir sua determinação colocou a Polícia Militar para barrar as tentativas de entrada de suprimentos aos manifestantes.

Veja abaixo um trecho do discurso de Carlos Gianazzi