A OAB-SP encaminhou ofício à Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo a suspensão dos prazos e audiências marcadas para o dia 2 de outubro no Fórum João Mendes. Na data houve uma manifestação dos servidores do judiciário no prédio, o que impediu a entrada de advogados no local.

O protesto foi uma deliberação da Assembleia Geral da categoria, em Campanha Salarial há oito meses. O ato teve início na Praça João Mendes, com panelaço, apitaço e o enterro simbólico do presidente do TJ, desembargador Roberto Antônio Vallim Bellocchi.

Os manifestantes entraram no Fórum João Mendes na tentativa de convocar os colegas a participarem da Assembleia. Eles seguiram pelos andares do prédio até que a direção do tribunal determinou o fechamento das portas. Advogados, estagiários e servidores foram impedidos de entrar ou sair do local. Os servidores que estavam do lado de fora decidiram invadir o prédio.

O impasse foi resolvido com a presença do desembargador Antonio Carlos Malheiros e do juiz diretor do fórum João Mendes, Flávio Abramovidici. Eles negociaram a saída dos manifestantes do local após a promessa de uma reunião com as comissões de negociação salarial e de orçamento e com o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey. O encontro ainda não tem data marcada.

Outra deliberação da Assembleia Geral foi a decisão de marcar uma audiência com o CNJ, em Brasília, para pedir celeridade no processo de inspeção no Tribunal de Justiça paulista. Os manifestantes ainda aprovaram a realização de um “júri” para fazer o julgamento da administração do maior tribunal do país.

Com informações da Revista Consultor Jurídico