13/05/09

Santos, São Vicente, Praia Grande, Execuções Fiscais e João Mendes: cresce a mobilização dos judiciários no Litoral e na Capital

Em continuidade à Campanha Salarial 2009, servidores da Baixada Santista – Santos, São Vicente e Praia Grande – e da Capital - Execuções Fiscais e João Mendes - paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 13 de maio, por uma hora, fortalecendo a luta e mobilização pela reposição salarial de 14,69% (acumulada desde 2002), data-base vencida desde 1º de março (mais de dois meses), acúmulo de serviço devido à falta de funcionários (mais de 15 mil cargos vagos), ausência de um Plano de Cargos e Carreiras (em tramitação desde 2005 na Assembleia Legislativa), precárias e improvisadas condições de trabalho, insegurança no trabalho dos oficiais de justiça e defasagem dos auxílios.

A indignação da categoria é latente e se transforma em combustível para empurrar o movimento que cresce visivelmente. O número de servidores presentes nas mobilizações desta quarta é um exemplo disso.

Praia Grande – Cerca de 100 servidores participaram da manifestação, realizada das 14 às 15 horas na entrada principal do fórum, munidos de coletes, adesivos e faixas. Com o apoio da Assojubs, cujo presidente, Hugo Coviello, iniciou a mobilização, e coordenada pelo escrevente Márcio Fernando de Oliveira, em conjunto com outros companheiros da Comarca, o ato demonstrou a unidade e a força da categoria, que, por maioria absoluta, aprovaram a paralisação de um dia com Assembleia na Capital, com o indicativo de data para 29 de maio.

Houve grande cobertura da imprensa da Baixada, aumentando ainda mais a divulgação da Campanha Salarial dos Judiciários e colocando em evidência os problemas enfrentados por eles no cotidiano e o descaso do Tribunal de Justiça.

São Vicente – Assim como em Praia Grande, a paralisação em São Vicente teve boa adesão e repercussão entre a categoria e a mídia da região. Liderado pelo diretor de Atividades Culturais, Educacionais e Sociais da Assojubs, Eduardo Requejo, o ato reuniu cerca de 120 servidores, no período das 14 às 15 horas, insatisfeitos com a intransigência do TJ, que se recusa a negociar as reivindicações dos judiciários.

A mobilização também contou com a presença de duas lideranças históricas da categoria na Baixada, os oficiais de justiça Mário Sérgio Soares e Mário Ricardo Silveira, que explanaram sobre a realidade enfrentada no cumprimento dos mandados judiciais e também sobre o quadro geral da Justiça Paulista.

Durante a manifestação vicentina, foi aprovada a proposta da Assojubs de paralisação em 29 de maio com Assembleia Geral na Praça João Mendes, em São Paulo.

Santos – A escadaria do Fórum Central de Santos foi novamente tomada pelos servidores – cerca de 200 –, que protestaram contra a atual postura insensível do TJ diante da falta de reposição, cujo vencimento da data-base avança para o terceiro mês.

Iniciando o ato, realizado no período das 15 às 16 horas, o diretor de Comunicação da Assojubs, Paulo Mercadante, fez a leitura da resposta cheia de evasivas e negativas em relação aos itens da pauta reivindicatória enviada pelo juiz assessor da Presidência do TJ, James Siano, na última sexta-feira, 08 de maio, às entidades representativas da categoria.

Em seguida, Hugo Coviello, explicou aos servidores a importância da continuidade da Operação Padrão e que todos sigam com muita disciplina essa forma de trabalho, neste momento instrumento fundamental de pressão sobre o TJ. “Infelizmente temos que reconhecer uma luta entre a classe dos magistrados e a dos servidores, os quais sempre têm seus direitos preteridos enquanto o outro lado recebe praticamente tudo que tem direito e até alguns benefícios, como notebooks e verbas disponíveis para aquisição de livros”.

O presidente da Assojubs acrescentou que os números do próprio TJ demonstram que cerca de 35% da verba de pessoal é usada para pagar aproximadamente três mil juízes e magistrados, enquanto os demais 65% são divididos entre 56 mil servidores ativos e inativos.

O oficial de justiça Sérgio Crochemore também fez uma intervenção destacando a importância da luta, lembrando que “o servidor do judiciário serve à população e não aos mandatários do Tribunal de Justiça”, fala que arrancou aplausos dos companheiros.

Foi ratificado pelos judiciários de Santos a proposta de um dia de paralisação com a realização de Assembleia na Capital com indicativo de que ocorra em 29 de maio.

São Paulo/Execuções Fiscais – Os companheiros da Capital também fizeram paralisações nesta quarta-feira. No prédio das Execuções Fiscais, a manifestação, organizada por uma comissão de funcionários, teve adesão de 40 servidores, que cessaram as atividades no período entre 11 e 13 horas. Os presentes aprovaram o indicativo de uma Assembleia Geral da categoria em 29 de maio com paralisação durante todo o dia. Eles também foram favoráveis à participação na manifestação conjunta do funcionalismo contra a política de arrocho salarial do governador José Serra (PSDB), que ocorrerá nesse mesmo dia 29.

O ato marcou o fortalecimento da comissão de funcionários já existente no prédio. Tal comissão tem o intuito de conscientizar e informar os colegas sobre os rumos da Campanha Salarial.

São Paulo/João Mendes - A manifestação no Fórum João Mendes reuniu cerca de 200 servidores, que a exemplo das comarcas do Litoral, fizeram uso do material visual da Campanha Salarial 2009. Representando a Assojubs, o companheiro Luiz Milito, delegado regional, participou da mobilização, reforçando o apoio da associação aos servidores de São Paulo.

Os judiciários decidiram fazer uma reunião dos fóruns localizados na região central da Capital – Ely Lopes Meireles, Palácio da Justiça, Execuções Fiscais e João Mendes – no dia 27 de maio, das 14 às 15 horas, na Praça João Mendes.

Foi aceito como indicativo a paralisação durante o dia 29 de maio com a realização de uma Assembleia Geral. Os servidores igualmente aprovaram a participação da categoria na manifestação conjunta dos diversos setores do funcionalismo estadual, ato este que acontece às 16 horas na Praça da Sé.

Assim como no prédio das Execuções Fiscais, os companheiros do João Mendes formaram uma comissão de funcionários para organizar e implementar as ações da Campanha Salarial Unificada 2009.