12/08/10

A versão do site do TJ

Apesar do Tribunal de Justiça em seu site afirmar que foi feita uma proposta acerca dos dias parados, isso não é verdade. A proposta sobre os dias parados partiu dos negociadores da categoria, que inclusive apresentaram uma minuta de como ficaria a redação dessas propostas. Os desembargadores William Campos e Samuel Alves de Mello Júnior demonstraram que sobre tais itens era possível haver acordo, mas que a decisão seria do presidente do TJ e que durante a negociação levariam a Viana Santos o texto apresentado e em caso de aceitação posteriormente seria discutido o detalhamento do acordo.

A negociação prosseguiu em busca de uma resposta conjunta com o índice de reposição, com as já conhecidas divergências sobre os valores apresentados pela Comissão de Orçamento e Departamento Pessoal - segundo William Campos - e os dados dos servidores que foram, então, na segunda parte da reunião, reconhecidos como corretos.

Ao regressarem para a mesa de negociação, mais de uma hora e meia depois do horário estabelecido, e com expressões faciais nitidamente de decepção, os desembargadores William Campos e Samuel Alves informaram: "Os números de vocês [servidores] estão corretos, só precisa mesmo de R$ 60 milhões, mas o orçamento está dizendo que não pode pagar sem o dinheiro do governo, senão vai estourar a lei de responsabilidade fiscal. Vamos precisar dessa semana para conversar com o governador e tentar buscar o dinheiro lá".

Seguiram-se, então, a reação negativa dos negociadores, novas discussões e então o argumento do desembargador Samuel Alves: "Quanto aos dias parados e a devolução, não haveria agora os próximos descontos".

Não foi apresentada uma proposta do TJ ou formulada uma proposta oficial, até porque os próprios desembargadores afirmaram que era necessário buscar o dinheiro junto ao governo.

Tampouco foi respondida ou devolvida a minuta do documento de acordo apresentado pelas representantes.