12/04/10

É luta ou nada!
Servidores de Santos realizam ato público preparativo
para a Assembleia de quarta-feira

Um ato público preparativo para a Paralisação e Assembleia Estadual de quarta-feira, 14 de abril, na Praça João Mendes, em São Paulo, foi realizada na Comarca de Santos, em frente ao Palácio da Justiça, na tarde desta segunda-feira, 12 de abril.

A manifestação serviu como forma de deliberar ações e estratégias visando a organização e o fortalecimento da Campanha Salarial 2010, que segue na luta pelo cumprimento da data-base, que pelo segundo ano consecutivo permanece sendo ignorada pelo Tribunal de Justiça, uma defasagem salarial de 20,16% e melhores condições de trabalho, entre outros itens da pauta reivindicatória.


Com uma participação de cerca de 100 judiciários, o ato chamou atenção para a redução de 1/3 no poder de compra do servidor devido à defasagem acumulada, um percentual que não será pago pelo TJ se a categoria não mostrar a força que tem. “Se não fizermos nada, vamos carregar essa perda, que nos trará sofrimento e seguirá como perda até a aposentadoria”, frisou Hugo Coviello, presidente da Assojubs.

Motivando a categoria a não ter receio de paralisar no dia 14, Coviello colocou aos judiciários presentes o valor perdido mensalmente por causa da defasagem salarial de 20,16% - de R$ 280,00 a R$ 748,00 de acordo com a função exercida – em comparação com o desconto por um dia de falta.



“O pessoal tem que enfrentar esse temor e mostrar que não está se negando a trabalhar e, sim, paralisando por causa do desrespeito que o TJ dispensa aos seus funcionários, colocando em evidência sua indignação”, ressaltou o presidente da Assojubs.

A manifestação em Santos contou com o apoio de companheiros, solidários à luta dos judiciários, como Adilson Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud), Pedro de Castro Júnior, do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Sérgio Miguel dos Santos Alcântara e Flávio Antônio Rodrigues Saraiva, do Sindicato dos Servidores Municipais de Santos (Sindserv), e Gervásio, do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindpetro LP), entidade que gentilmente emprestou para a Assojubs o carro de som utilizado no ato.

Além do presidente da Assojubs, muitos servidores fizeram uso do microfone, chamando o pessoal a ser mais participativo e combativo e também apresentando propostas de reforço ao movimento. Foi o caso de José Carlos de Almeida, do 5° Ofício Cível, que em seu discurso refletiu sobre o quanto é válido ousar, mesmo que seja uma conquista parcial, por uma causa: “Temos que ter a consciência de que a vitória só depende de nós, temos que nos orgulhar em arriscar, e pensar, ao final, que valeu à pena, pois tivemos nossa dignidade respeitada”.

Entre as propostas apresentadas pelos servidores, foram aprovadas as seguintes:

- formar grupos de convencimento para fazer plantão na porta do fórum desde as 8 horas no dia 14, a fim de que o menor número possível de servidores trabalhem neste dia;

- realizar reuniões nos cartórios visando a organização para a paralisação, utilizando o exemplo de uma unidade que já informou ao Diretor que não haverá expediente na quarta-feira, tanto que os servidores já efetuaram a entrega da chave do cartório ao respectivo juiz(a);

- não mandar as publicações antes da Assembleia;

- realização de vigília na frente do Palácio da Justiça, em São Paulo, em caso de deflagração de greve.