A comparação entre os dados foi divergente e dado o calor da reunião as explicações e análises ficam sempre mais difíceis de serem compreendidas. A ASSOJUBS no entanto defende o posicionamento de que é necessário reagir ao corte brutal promovido pelo governo Serra – PSDB, DEM, PTB, PPS – cobrando inclusive um posicionamento político do TJ em defesa da autonomia dos poderes, ou seja, a autonomia financeira que o Judiciário deve, ou deveria ao menos, ter.

Mas saber quem é nosso adversário nesse momento é importante, até pra que saibamos em quantas frentes e com qual estratégia devemos lutar. Para esclarecer definitivamente o tamanho do estrago confeccionamos a tabela abaixo.

Explicações
Como se observa e assim como havíamos divulgado anteriormente o corte total do governo é maior que 3 bilhões de reais, supera 40%. Só no verba de pessoal o corte supera 2,5 bilhões ou 36,66% a menos do que o TJ enviou.

Apenas para pagar os vencimentos de servidores e magistrados ativos, e os respectivos décimos terceiro salários e férias do próximo exercício (2009), mais férias atrasados e FAM de juízes e servidores, a diferença entre o que foi enviado pelo TJ – R$ 5.048.107.773,00 - e o que o governo aprovou no item “pessoal e encargos sociais” é de mais de 700 milhões de reais.

A verba destinada ao pessoal por Serra (PSDB) – R$ 4.349.942.730,00 – não é suficiente, portanto, para que tenhamos garantida a nossa reposição salarial, a contratação de mais servidores e a implantação do Plano de Carreiras.

Atuação Independente
A direção da ASSOJUBS se pauta por ter uma atuação independente de partidos políticos e de objetivos partidários e eleitorais. Essa prática nos confere uma independência e credibilidade de que nossa luta será sempre a defesa dos interesses dos categoria, dos servidores públicos e dos trabalhadores

Nunca aceitamos e tampouco poderemos aceitar objetivos partidários e eleitorais se sobreponham aos objetivos da categoria. Temos a obrigação sim, neste momento, de denunciar o corte gigantesco feito pelo governo Serra - injustificável, pois o Estado teve uma arrecadação recorde – dado que com este corte a reposição salarial da nossa categoria e o pagamento de verbas atrasadas a que os servidores do judiciário têm direito ficam impossibilitadas. Sem falar no Plano de Carreiras que com o corte sofre nova postergação.

Alguns podem perguntar: “Se não acreditam em na política partidária eleitoral, acreditam em que?”. Na organização independente, na mobilização da categoria, e na luta em que cada servidor do judiciário pode ser parte para melhorar seu salário e suas condições de vida.

Porque só a luta muda a vida.