07/12/09

Justiça Federal
Após votação no STF, servidores decidem pelo fim da greve

Em clima de vitória, os servidores da Justiça Federal de São Paulo decidiram na quinta-feira pelo fim da greve que começou no dia 18 de novembro na Baixada Santista. A decisão ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aprovado o projeto de revisão salarial da categoria, na noite de quarta-feira, dia 2. Foram 16 dias de greve, que foram antecedidos de intensa mobilização para garantir o envio de um projeto que não retirasse direitos dos servidores.

De acordo com a nova tabela, a remuneração inicial de analista judiciário passa dos atuais R$ 6.551,52 para R$ 10.283,59 e, em final de carreira, de R$ 10.436,12 para R$ 16.324,68. No caso do cargo de técnico judiciário, o salário inicial vai de R$ 3.993,09 para R$ 6.104,70, no início da carreira, e de R$ 6.360,71 para R$ 9.949,68 no final. A proposta não prevê aumento no valor do cargo em comissão nem no funções comissionadas.

Na assembleia foram apresentadas duas propostas. A primeira, defendida pelo diretor de base do Sintrajud e coordenador da Fenajufe, Claudio Klein, e o diretor de base Dalmo Duarte era pelo fim da greve e continuar em estado de alerta até que o projeto fosse enviado ao Congresso. A segunda proposta foi defendida pelo diretor de base do Sintrajud Adilson do Santos e pelo servidor do TRT-2 Cesar Augusto Basagni, para que a greve continuasse até que o projeto chegasse ao Congresso Nacional. Por maioria, ganhou a proposta de retorno imediato ao trabalho e continuidade da mobilização.

Mesmo com o fim da greve, os servidores permanecerão em estado de greve para evitar qualquer retaliação aos grevistas, além de manter a pressão para que o projeto seja, de fato, enviado, imediatamente, ao Congresso Nacional. Nova assembleia será realizada nesta semana, caso haja retaliação ou o projeto não seja enviado.

O diretor do Sintrajud e da Fenajufe, Antonio dos Anjos Melquiades, o Melqui, continua em Brasília para acompanhar o envio do projeto.

Para o diretor de base do Sintrajud e coordenador da Fenajufe, Claudio Klein, a proposta aprovada pelo STF representa uma vitória da categoria, que foi à luta na defesa dos seus direitos.

“A proposta não era o que estávamos defendendo, mas apresenta pontos positivos e, principalmente, afasta de vez ameaças presentes no projeto inicial do STF”, disse Klein. Ele ressaltou também que não há qualquer referência a metas de produtividade e será mantida a atual proporção de dois terços da remuneração composta de vencimento básico e um terço de gratificação.

Compensação dos dias
O Sintrajud também está conversando com as administrações para definir como será feita a compensação dos dias parados.

A diretora do Sintrajud e servidora do JT/Barra Funda Leica Silva conversou hoje com presidente do TRT-2 Décio Daidone para discutir a compensação dos dias. Segundo Leica, ele informou que pretende garantir a compensação da “maneira menos agressiva possível”.

Na JF/TRF, o diretor do Sintrajud Cleber Aguiar também conversou com a presidente do tribunal, desembargadora Marli Ferreira, na quinta-feira. A desembargadora disse que vai estudar uma proposta de compensação e que discutirá novamente com o sindicato.

“É importante manter a mobilização. Vamos buscar negociar com as administrações para que nenhum servidor seja prejudicado”, disse Leica.

Fonte: Sintrajud - www.sintrajud.com.br