Mas a aprovação não transcorreu calmamente. Logo no início da sessão, o primeiro expediente ­ em que os vereadores têm 5 minutos para apresentar trabalhos ­, foi interrompido por falta de quórum. Assim, passou-se à ordem do dia, quando os parlamentares teriam 6 itens para votar. A sessão, que teve início às 18 horas, terminou com apenas 15 minutos de duração.

Após a aprovação simbólica (em que não há votação nominal por cada vereador) dos três primeiros itens, o presidente da Câmara, vereador Marcus De Rosis (PMDB), iniciou a votação da quarta matéria ­ o projeto sobre o reajuste, após três anos, do subsídio aos parlamentares. O vereador Marcelo Del Bosco (PPS) ­ também 1º secretário da Mesa ­ afirmou ter pedido a palavra a tempo para comentar a proposta, mas, segundo ele, não foi atendido. O PR acabou aprovado, também por votação simbólica.

"Não questiono o reajuste, mas acho que isso poderia ter sido discutido com a sociedade antes", disse Del Bosco. Inconformado, ele pediu à Câmara a cópia integral das gravações de vídeo e áudio e da reprodução das notas taquigráficas da sessão de ontem para provar sua versão.

O vereador informou que solicitará a anulação da sessão por "cerceamento de direito de manifestação".

CongeladoDepois do encerramento da sessão, A Tribuna procurou o presidente da Mesa Diretora, mas ela já havia se retirado do Legislativo. Em comunicado oficial, a assessoria da Casa informou que os vereadores eram obrigados a votar o novo subsídio antes das eleições de domingo, sendo que o "realinhamento de seus vencimentos está congelado se comparado ao valor do salário mínimo que, nos últimos quatro anos, teve um reajuste de cerca de 70%".

Fonte: A Tribuna – www.atribuna.com.br
Divulgado em 03 de setembro de 2008