05/08/09

Servidores referendam paralisação no dia 12 de agosto

Servidores de Santos realizaram nesta quarta-feira, 05 de agosto, na Assojubs, uma Assembleia Local com o propósito de discutir e apontar indicativos a serem levados na próxima quarta-feira para a Assembleia Geral Estadual da categoria, em São Paulo.

Com uma data-base vencida há cinco meses, os servidores lutam para dobrar a intransigência e o descaso do Tribunal de Justiça, que se recusa a negociar os itens da pauta reivindicatória e sequer apresentou um índice de reposição salarial.


Dessa discussão foi referendada a participação dos companheiros à paralisação do dia 12 de agosto e a ida à Assembleia Geral Estadual, a fim de reforçar a exigência de seus direitos como trabalhadores e pela valorização do serviço público.

A efetiva presença dos judiciários à Capital é a única forma de pressionar o TJ a atender as justas reivindicações dos servidores, que pleiteiam melhores condições de trabalho, majoração dos auxílios, pagamento de dívidas indenizatórias e a imediata aprovação do Plano de Cargos e Carreiras.

Para isso, os companheiros se dispuseram a ampliar a participação na Assembleia Estadual, chamando seus colegas, de cartório ou seção, para a luta, conscientizando-os da importância de estarem presentes e expressarem suas opiniões.


Entre as manifestações dos judiciários, foi feita a proposta para que seja organizada uma campanha entre a categoria no sentido de não votar em candidatos dos partidos da base aliada ao governo estadual. Uma servidora fez o seguinte cálculo: “Somos 55 mil em todo o Estado. Se considerarmos mais quatro familiares para cada servidor, representamos 220 mil votos. Temos que fazer valer esse peso nas próximas eleições contra o atual governo”.

Outro companheiro propôs que sejam confeccionados colantes com as frases “PSDB nunca mais” ou “Funcionário público não vota no PSDB”.

O presidente da Assojubs, Hugo Coviello, mais uma vez argumentou sobre a possibilidade dos servidores não receberem a reposição salarial: “Corremos o risco de ficarmos em 2009 sem reposição e mais o ano de 2010, pois o Serra [José Serra, governador] enviou proposta orçamentária para a Assembleia Legislativa sem qualquer previsão de reajuste para o funcionalismo. Se o TJ nem se dispõe a discutir esse ano, o cenário que nos espera em 2010 não é melhor do que esse”.


Coviello também criticou os partidos que compõem a base de apoio do Governo Serra (PSDB) e que não colocaram em votação o projeto do Plano de Cargos e Carreiras da classe. “Temos que denunciar para a categoria que esses partidos, o PSDB, PTB, DEM, PMDB, PPS, por exemplo, não defendem os interesses dos servidores, portanto, é uma completa incoerência que membros dessas legendas venham falar em nome da categoria ou buscar votos dos judiciários nas próximas eleições”.

Assim, até o dia 12 de agosto, próxima quarta-feira, a ideia é convocar o maior número de servidores para participar da Assembleia Estadual e aderir ao movimento de paralisação.

Praia Grande – Na Comarca, em reunião que contou com a coordenação de Márcio Fernando, delegado da Assojubs em Praia Grande, cerca de 50 servidores discutiram a presença na Assembleia Estadual do dia 12 e fizeram uma votação sobre a adesão em um eventual movimento grevista.


“O pessoal continua unido, a indignação aumentou e a mobilização deve crescer ainda mais”, avaliou o delegado da Assojubs.

Os resultados das votações de Santos e Praia Grande no que diz respeito à participação em uma possível greve e as consultas nos fóruns de São Vicente, Guarujá e Cubatão serão discutidos pelos representantes da Assojubs na reunião conjunta das entidades marcada para segunda-feira, 10 de agosto, às 15 horas, em São Paulo.